Por que CopyLeft não faz sentido para a Blogosfera?

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Copyleft é um termo usado para permissões de uso de material autoral de forma livre. É o contrário de Copyright (direitos autorais reservados). Há vários aspectos e detalhes para as permissões e formas de uso, de acordo com o interesse do autor original. O foco é não limitar a propriedade de direito de forma totalmente irrestrita, ou seja, permitir certos níveis de cópias. Esse é um debate constante na internet, onde não vejo muito sentido para alguns usos do Copyleft.

No Brasil, o Copyleft é mais conhecido pela vertente Creative Commons (CC), que determina como uma obra pode ser usada sem a regulamentação automática dos Direitos Autoriais Reservados (Copyright). O que acontece é que você pode querer permitir que sua obra (seja de qual tipo for) possa ser usada por terceiros, indicando como e o que você permite, mas também o que NÃO permite.

Por exemplo:

  • Pode permitir que a obra seja reeditada, se for um vídeo ou áudio, até mesmo reescrita, desde que indiquem você como fonte original. Só que não permitirá o uso comercial das obras derivadas.
  • Também pode permitir tudo, inclusive o uso comercial.
  • Inclusive poderia permitir apenas a cópia e distribuição, sem autorização prévia, sem comercialização, desde que citada a fonte original.

E por aí vai. As combinações das permissões que quer dar ficam a seu critério. Para cada tipo de permissão ou não-permissão, há um símbolo que representa aquilo, como pode ser visto na imagem abaixo.

Licenças Creative Commons

Todos os detalhes sobre com a licença Creative Commons podem ser usadas em seus projetos, obras e trabalhos na internet, podem se encontrados no http://creativecommons.org.br/.

Para quê permitir copiar e redistribuir?

Em se tratando de conteúdo na internet, uma coisa que não entendo nas licença Copyleft é a permissão de duplicar e redistribuir o conteúdo, desde que citada a fonte.

O site da Creative Commons está usando a licença “Atribuição – Compartilhamento pela mesma Licença (by-sa)“, que permite a cópia, reescrita e adaptações do conteúdo que lá está, inclusive para fins comerciais. Mas veja bem o que eu fiz neste início de artigo: usei o site deles como fonte de informações, sem copiar, sem reescrever e nem adaptar nada que está lá. Passei a informação de forma resumida e citei a fonte para que você leitor vá ao lugar de origem ler sem a minha intervenção.

Isso é o sentido da internet. Não foi preciso copiar nada, nem modificar para passar uma informação pra frente, respeitei os “direitos autorais” daquele site e criei algo original. Como já ensinei aqui neste artigo:

Mas, por outro lado…

Entendo que em alguns casos e certas obras, algumas permissões fazem todo sentido, especialmente aquilo que exige colaboração, quando algum músico, por exemplo, quer experimentar sua arte interpretada por outros.

Melhor ainda para os desenvolvedores de Internet com o código HTML e CSS, além de outras dezenas de linguagens totalmente livres para o uso e aprimoramento. O próprio WordPress é um serviço Copyleft, permitindo até a criação de obras derivadas para fins comerciais (veja a licença aqui).

O símbolo mais conhecido do Copyleft é o oposto do Copyright como se pode ver na imagem abaixo, representados pela letra “C” dentro de um círculo:

copyleft copyright

As regras de ambos os casos servem em questões específicas e podem ser uteis de acordo com os interesses e usos das pessoas envolvidas.

Liberdade de informação?

O que muitos confundem na internet é que, mesmo quando há direitos autorais reservados (Copyright), não se está limitando o acesso à informação.

Aqui mesmo no [ Ferramentas Blog ] temos um termo de licença de uso do conteúdo bem restritivo (Leia: Política de Conteúdo). Não permitimos obras derivas, nem cópias e duplicações para a maioria das coisas. Isso não significa que estamos impedindo as pessoas de terem acesso livre ao conteúdo publicado aqui.

Como exemplificamos no início do artigo, é possível citar um bom trabalho, sem precisar copiar. A indicação do link e o direcionamento das pessoas é a forma mais democrática e honesta de se multiplicar a informação. Qualquer um pode ver o que publicamos aqui, desde que seja dentro de nosso endereço.

Liberdade de Informação

A internet é sempre colaborativa!

Por isso mesmo a internet é colaborativa e precisamos saber como usar as licenças existentes, dentro de seus limites e leis, sem prejudicar o trabalho do outro. Muitas vezes levantam-se bandeiras de ações pró liberdade na internet de forma equivocada.

O título desse artigo foi apenas provocativo, para mostrar que nem sempre algo faz sentido para todos ou faz sentido todo o tempo. Existir direitos autorias reservados não limita o Copyleft e o Creative Commons junto com o Copyleft não são a unica forma de garantir a liberdade de expressão e informação na internet.

O velho debate sobre plágio fica mais claro para os defensores do plágio e mais tranquilo para quem defende suas obras. Podem usar meu conteúdo, para aprender, aprofundar e ser original, sem precisar copiar, duplicar e violar meus direitos. Citar e recomendar algo é multiplicar a internet e recompensar o autor com visitas e cliques.

Em outros casos, aquele autor vai querer colaborações mais diretas e amplas, lançando mão do Copyleft ou do Creative Commons, para avisar às pessoas o que ele quer.

Abaixo segue um vídeo para finalizar o assunto dando mais detalhes sobre o Creative Commons. Por fim, dê sua opinião nos comentários se você leu até aqui.

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9 Comentários

  1. Olá Marcos, o problema é fácil de entender.
    Você já postou em vídeos anteriores o local que trabalha e que inclusive é onde passa o insistente “rapaz dos salgadinhos” e conforme escrevo ,”O LOCAL QUE TRABALHA”, e é isso que poucos estão dispostos a fazer.

    É mais fácil pegar uma obra já finalizada copiá-la e o pior sem indicar a fonte, aliás mesmo copiando a fonte não deve copiá-la.

    Geralmente copiam e lá no final do artigo colocam em um pequeno adendo informando a origem do artigo, quando colocam, este é um problema que aos poucos será resolvido e sabe como, com profissionais iguais a você que correm atrás dos direitos e objetivos, parabéns pelo artigo.

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  2. Achei muito válido os argumentos que tornam o copyleft algo estranho na blogosfera. É raro, mas eu já acessei um blog do tipo ‘pessoal’ onde o autor falava abertamente que o conteúdo dele era assim, e tinha o símbolo do C ao contrário, mas quando vi dei pouca importância rsrsrs.
    Gostei muito do artigo pela reflexão que ele propõe também.

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  3. Você usou a imagem do CC no conteúdo do seu blog! Se essa imagem tivesse direitos de uso reservado você não poderia fazer isso, mas você a usou e citou as fontes. CC faz todo sentido, na minha opinião.

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    • Só usei a imagem por ser livre. Se não fosse livre, nem citando a fonte eu usaria.
      Como está dito no artigo, faz sentido para algumas coisas e para outras não. Se ler com atenção entenderá os argumentos e os usos corretos dessas permissões.

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  4. Ou Libera tudo ,ou proíbe tudo.Cada um vai utilizar da melhor forma possível.Por exemplo tem artigos de atualidades que dariam boas apostilas,mas como é proibido quem vai se arriscar? e mesmo sendo livre ,há restrições em não modificar o conteúdo.Deveria ter alternativas para contornar isso como por exemplo: veja o original na integrar em por exemplo.

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  5. Super esclarecedor! Eu sempre tive dúvidas se o Creative Commons é algo válido e pra que realmente serve o copyleft. Obrigada! Continuarei usando o Creative Commons no meu blog, como uma forma de indicar o que eu permito (ou não) que saiam usando por ai. Mas uma coisa que você disse é certa: se um blogueiro gasta tempo e dinheiro dando duro em artigos e textos originais, a melhor forma de citar e gratificar pela informação é direcionando o leitor. Adorei o artigo 🙂

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  6. Eu acho que quem usa copyright valoriza mais o retorno financeiro, de clicks, views etc. Quem usa o copyleft valoriza mais que aquilo viralize, que se espalhe, que o conhecimento se propague sem amarras. Acho que ambos estão corretos, depende o que cada um valoriza pra si. Lembrando que pode-se lucrar na verdade com os dois modelos. O assunto é deveras interessante, esta notícia tempos atrás me chamou atenção: http://g1.globo.com/carros/noticia/2014/06/tesla-motors-anuncia-que-ira-abrir-todas-suas-patentes.html

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